‘A última partida de bilhar’(1)

Ser adulto ‘nem sempre’(2) é tão difícil, vou tentar descrever a fórmula para este encauso:

Ser adulto é ser incompreensível, ao ponto de ser contrariar numa mesma frase.

Ser adulto é ser um ser, completamente despreocupado para vida alheia.

Ser adulto é poder errar e não ser considerado errado, pois culpa é para os fracos;

Fracassados como eu e mais alguns poucos que se recusam a sujeitar-se.

Sou jovem e não vou mudar, não vou desistir do correto.

Ser adulto é amar a si próprio, julgando mais e fazendo menos.

Ser adulto é talvez subestimar a vida do próximo, colocando-a em segundo plano.

Ser adulto é adult-eRrar frases, nuances e reflexos.

Ser adulto é aparências e vivencias frustradas.

Ser adulto é ter a chance de perpetuar tudo isso ao seu sucessor genético;

Para ter um gozo de felicidade pelas perdas decorridas e sofridas por um terceiro que se acha ser TUDO.

Ser jovem é oposto, reverso, inverso, diferente, destruição, sonho, utópico, melodia, ‘um pouco de tudo’(3), o amor;

Adulto é ser indiferente e auto-destrutivo.

(1) Titulo de música da banda VV (Álbum NBCAL, de 2009)

(2) Titulo de música da banda Inocentes (Álbum EMBALADO A VÁCUO, de 1998)

(3) Titulo de música da banda Sugar Kane (Álbum AMÁQUINAQUESONHACOLORIDO, de 2009)

04/01/2011 – 01h

Daniel Teixeira Jerônimo - Graduado em Licenciatura e Bacharelado pela UNESC em 2007; Mestrando na UNESC pelo Programa de Pós Graduação de Ciências Ambientais; Professor de história e sociologia da rede normal de educação; Fundador do MPPHc (Movimento Pro Punk Hardcore); Locutor de rádio (programa “A Hora Hard”); Fanzineiro (palestrante sobre a arte); Blogueiro (WWW.pumpx.com.br/blogdorusso);
Escritor (poesias e poemas); Produtor Musical (Stan Produções).